na beira da janela

terça-feira, 22 de março de 2011 às 22:35
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pensando nos dias cinzas
acabo por colorir-los
e a descobrir nas cores
que o irreal é muito,
muito mais que quase.

4:52

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011 às 04:52
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muito da vida é espera

vivo, por enquanto

enfim

e tanto

silêncio

escuto

passos

sorrio

você

por perto

dançarinos

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011 às 00:30
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você e eu
eterno
encontro
linhas paralelas,
desordenadas ao acaso
Te vejo chegar por pontes
imaginárias coisas que ligam mundos..
Se procuro, nunca encontro.
desprendido do que não foi,
me desfaço num vento e, lá longe
lá onde o sonho, de tão sonhado
pareço acordado, te olho de repente
eu, você, o mundo
tão perto, respiro
instante surpresa
por pouco
parece inventado
por pouco
soa loucura
por pouco
parece dança.
silêncio.
escuta.
é música.

e é tudo verdade.

vim de lá.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011 às 21:55
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ah, meus amigos bêbados, poetas sem livros, músicos sem discos, cineastas sem filmes, dos que conversam por citações, que atuam doidos por aí com dinheiro trocado, trocando os dias pela noite e as noites por coisa alguma..

guardo eu nova esperança!
porque a velha é sem sentido
(coisa estranha de guardar..)

consequência

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011 às 05:09
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almost blue,
agora escrevo pássaros,
azuis, borboletas âmbar,
sonhei, naquela noite
a vida não contornada,
a vida não evitada.
sonhei naquela noite,
praça, céu aberto, palavras,
saias rodadas, o caos,
o caco, a gente, eu, você,
o medo, a cheia, a chuva,
o mato, o cheiro, o passo,
o gesto, o gosto, a vida,
não doía, não passava,
a vida não contornada,
a vida não evitada..
êta, vida, êta, morte,
se eu rezar, se eu escrever,
se eu viver como nós falamos,
se toda manhã estender o sonho,
se de noite viver amores,
e de amores da vida morrer,
morro mas antes te mordo
e te arranco um pedaço
pra não esquecer.