A minha espontaneidade tem mais ou menos a minha idade.
Foi tempo o suficiente para que eu me apaixonasse por ela.
À nossa volta, tudo era previsível e disciplinado e ordeiro e meio sem-graça.
A espontaneidade era histérica, sentia na carne as dores, as angústias, a energia concentrada de todos nós.
Explodia em demonstrações de descaso e de insubordinação - o que me fascinava, eu, em toda a minha repressão.
A espontaneidade era redentora.
Nunca tomei a espontaneidade para mim.
Ficava de longe, quieto, assistindo e tentando aprender, esperando minha vez de fazer aquilo tudo. Precisou que passasse algum tempo.
Descobri que a vida é sua, nossa, platéia. Não se teme quem paga o ingresso.
E todo mundo ainda o faz.
Hoje tenho em mim muito do que a assisti fazer. Hoje, tenho como certo que a espontaneidade era quem sabia das coisas. Hoje sei que estão todos atrás do que ela era. Valeu a pena.
Enquanto tentavam aprende-la, eu aprendi a imitá-la.
Fortuito.
Há 6 anos
eu aprendi a confudí-la. Às vezes ela acha que eu nem existo, só ela.
beijas
Às vezes ela acha que eu nem existo, só ela.
[2]
amo tu, Poeta!
E eu aprendi a ser confundida com ela! E,
às vezes ela acha que eu nem existo, só ela. [3]
hahaha...
Beijim moço!
Se valeu a pena, veleu ne?
:D
Abraço Abdré