*Ao som do sonho que dorme gritante dentro de mim
Eu achei que a vida fosse coisa certa.
A culpa não é minha, a culpa também não é tua.
Quando foi que a gente misturou tudo e tudo se inverteu, onde foi que a gente leu que viver tinha um roteiro ilustrado com um passo-a-passo do que se fazer em certas situações?
Acontece que não tem fim esse roteiro, e a gente parou de ler por achar que já sabíamos tudo, que era só continuar seguindo em frente com aquelas idéias de sempre, mas não é, era impossível ser tão fácil assim.
Agora me diz, onde é que a gente queria chegar? Porque se agora tudo se perdeu, é porque um dia a gente sabia pra onde a gente tava indo. Então de duas, uma: Ou a gente sabia pra onde a gente tava indo e esqueceu; ou a gente nunca soube mesmo pra onde a gente tava indo.
Mas eu lembro bem que eu fechei os olhos e acreditei que sabia pra onde eu tava indo, não me questionei pra onde era, mas parecia certo, acreditei.
Acontece que agora eu cheguei aqui, nesse lugar que eu não me lembro de ter esperado, num lugar que não reconheço escolha alguma nem o porque de eu estar aqui, meus livros, filmes, citações favoritas, o final que eu imaginava, a fala decisiva, nada disso tá aqui nesse lugar. Um dia eu quis alguma coisa? Sempre acreditei que era uma escolha natural, ou melhor, que as coisas eram naturais, que eu nunca precisaria me questionar.
Não que não seja natural, mas aqui estou: me questionando sem saber que lugar é esse que eu cheguei.
Foi esse lugar que sonhei aquela noite que eu acordei 3 vezes chorando por não querer acordar num lugar que eu ainda não estava?
Não me lembro. Mas estou feliz e com uma pilha de livros, discos, filmes, citações e minhas vontades todas empilhadas dentro do coração.
Pode até não acreditar, até eu mesmo duvidei, mas essa noite eu sonhei:
Aqui é o meu lugar.
Ah, me desculpa, mas esse eu vou achar que é pra mim.
beijas
Ual!!
Realmente achamos que sabemos tudo. O caminho que estamos seguindo... As palavras a serem ditas... As decisões a serem tomadas, quando na verdade não é realmente o que acontece.
É bem aquela frase: "Quando achei todas as minhas respostas, vem a vida e muda todas as perguntas".
E essa é a graça da vida. Não sermos previsíveis para nós mesmos.
Adorei seu texto!! Mto bom!!
ps.: Faço Cásper, sim! (suspeitei desde o príncipio.. haha) Eu vi a sua foto e não te achei estranho, msm o seu rosto não aparecendo.
Que legal! Vc faz PP tb né?
Ah! Como achou meu blog?!
Beeijos...
Mas que graça teria a história se já soubessemos o final?
O bom é ir em frente e reinventar o caminho a todo instante. Fazê-lo agradável até mesmo diante dos pedregulhos!
Vamos seguindo, seguindo, seguindo... quando dermos conta, chegamos. E aí só nos restará as lembranças que vieram conosco na bagagem.
=)
"estou feliz...". Depois disso o que sobra é só resto, não importa muito em que lugar estás: ser feliz não é coisa simples pra quem escreve muito, essa é uma das minhas teorias de porta de banheiro favoritas. (:
Quanto a beleza da dor, eu realmente tô numa fase racional demais... Acho que a gente dramatiza muito, começo a achar até infantil quando isso é feito sem licença poética, sabe? E mesmo na escrita, em demasia, acho dispensável quando não é muito bem "justificada".
(Cantas profissionalmente? Sabe, um dos meus sonhos é ter uma banda, sério mesmo. Ando até escrevendo umas músicas. :)
oi, gostei do teu texto novo. as coisas que parecem ser as mais naturais, a vida trata de nos mostrar que são as mais construídas por nós mesmos, parece...
bom, só tô passando pra dizer q o blog mudou de endereço, pra www.15dejaneiro.blogspot.com
te espero lá!
um abraço.
acho que tou muito mulherzinha, porque chorei lendo esse texto.
"Foi esse lugar que sonhei aquela noite que eu acordei 3 vezes chorando por não querer acordar num lugar que eu ainda não estava?"
é.
beijo, andré =*
me apresenta esse lugar, pq ele deve ser realmente lindo! ;)
Um beijo!
A gente muda de idéia. Sempre.
Ou não sabemos para onde estamos indo e quando chegamos simplesmente sabemos ter chegado. Ou sabemos pra onde ir e quando chegamos, percebemos que não era assim tão fácil.
Expectativas. E como ajustá-las? Só um dia de cada vez e aprendendo a gostar de surpresas!