O sol nascerá

quarta-feira, 12 de novembro de 2008 às 02:23

Pode ser tanta coisa.

Sento pra escrever e as possibilidades são inimagináveis, infinitas.

Escrevo e reescrevo, esse poder de inventar e reinventar deixa tanta coisa no ar, tantos anseios sabe-se lá de que.

Não baby, não dá pra brincar de viver, de fingir que não vê.

A vida – desculpe-me o tom de juiz – não é rascunho, esboço que se apaga com carvão e se mensura acertos e erros.

É incerta, a vida, é leve e pesada, do jeito que tem de ser, do jeito que queremos tanto que seja.

Na noite calada e imóvel os pensamentos são tantos que se perdem em meio à névoa derivada do trago incessável das vontades incertas e dos anseios tão certos.

Seja como for, depois de um tempo, resolvi tomar uma decisão:


Deixar de lado o lápis e a borracha e aceitar sem medo o risco inapagável da caneta de tinta que nem a lágrima apaga da vida.


Aceitar: a vida não é rascunho. Nem ela, nem eu, nem você, não somos descartáveis, não temos duplo sentido.

Entendamos então o único sentido: Não há sentido. Pelo menos nenhum que iremos entender agora. Amanhã sim. Mas não é sentido mensurável, é o único possível e que poderia ter sido, sem arrependimentos.

Corre sem medo e abraça tuas escolhas antes que elas deixem de serem tuas escolhas naturais pra serem de algo dentro de você que tenta racionalizar tudo à –10ºC.


Acredita nisso tudo que sentimos, e amanhã, o sol nascerá.

É só acreditar: Ah, o sol nascerá.

E mesmo que amanhã não faça sol, nossos sóis vão brilhar.. mais intensos que nunca.

1 Responses to O sol nascerá

  1. Amanda Says:

    Aceitar: a vida não é rascunho.


    É só uma vez, né? E vamos fazer direito dessa vez! ;)