Pode ser tanta coisa.
Sento pra escrever e as possibilidades são inimagináveis, infinitas.
Escrevo e reescrevo, esse poder de inventar e reinventar deixa tanta coisa no ar, tantos anseios sabe-se lá de que.
Não baby, não dá pra brincar de viver, de fingir que não vê.
A vida – desculpe-me o tom de juiz – não é rascunho, esboço que se apaga com carvão e se mensura acertos e erros.
É incerta, a vida, é leve e pesada, do jeito que tem de ser, do jeito que queremos tanto que seja.
Na noite calada e imóvel os pensamentos são tantos que se perdem em meio à névoa derivada do trago incessável das vontades incertas e dos anseios tão certos.
Seja como for, depois de um tempo, resolvi tomar uma decisão:
Deixar de lado o lápis e a borracha e aceitar sem medo o risco inapagável da caneta de tinta que nem a lágrima apaga da vida.
Aceitar: a vida não é rascunho. Nem ela, nem eu, nem você, não somos descartáveis, não temos duplo sentido.
Entendamos então o único sentido: Não há sentido. Pelo menos nenhum que iremos entender agora. Amanhã sim. Mas não é sentido mensurável, é o único possível e que poderia ter sido, sem arrependimentos.
Corre sem medo e abraça tuas escolhas antes que elas deixem de serem tuas escolhas naturais pra serem de algo dentro de você que tenta racionalizar tudo à –10ºC.
Acredita nisso tudo que sentimos, e amanhã, o sol nascerá.
É só acreditar: Ah, o sol nascerá.
E mesmo que amanhã não faça sol, nossos sóis vão brilhar.. mais intensos que nunca.
Aceitar: a vida não é rascunho.
É só uma vez, né? E vamos fazer direito dessa vez! ;)